Operação Mascarado: Quadrilha que Imitava Figuras do Futebol Brasileiro
Descubra como uma operação policial em Itaperuna desarticulou uma quadrilha especializada em estelionato, que utilizava tecnologias avançadas para simular vozes de ícones do futebol brasileiro e solicitar doações fraudulentas.
- atualizadoUma sofisticada operação de estelionato foi recentemente desbaratada pela Polícia Civil em Itaperuna, no Norte Fluminense. O grupo criminoso, liderado por Lucas de Oliveira Eduardo, utilizava avançadas tecnologias de simulação de voz para se passar por conhecidas personalidades do futebol brasileiro, incluindo o técnico da seleção, Dorival Júnior, e diversos ex-jogadores e ex-técnicos.
Os golpistas criavam áudios forjados com vozes dessas personalidades, solicitando doações para projetos sociais inexistentes ou para ajudar vítimas de desastres naturais. Acredita-se que ferramentas de Inteligência Artificial foram empregadas para tornar os áudios mais convincentes e simular com precisão as vozes das vítimas.
A prisão de Lucas ocorreu durante a operação “Mascarado”, na qual foram executados mandados de busca e apreensão em vários endereços. O esquema revelou-se ainda mais amplo em setembro de 2024, quando o WhatsApp de Dorival Júnior foi clonado. Utilizando a identidade clonada do técnico, os estelionatários contataram jogadores e figuras do meio, como o narrador Galvão Bueno, solicitando dinheiro supostamente para as vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul.
Após o incidente, Dorival registrou um boletim de ocorrência em São Paulo e fez um alerta público sobre a fraude. As investigações prosseguem com o intuito de identificar mais vítimas e possíveis cúmplices, além de investigar profundamente o uso de tecnologia de Inteligência Artificial nos golpes.
Este caso destaca um crescente desafio na segurança digital: o uso de Inteligência Artificial para a perpetração de fraudes complexas. A capacidade de replicar vozes com alta fidelidade permite aos criminosos criar uma camada adicional de credibilidade a suas solicitações fraudulentas, complicando as tarefas de verificação de identidade e autenticidade.
Adicionalmente, especialistas em segurança cibernética estão alertando sobre a necessidade de fortalecer as medidas de segurança em plataformas digitais, especialmente em aplicativos de comunicação amplamente utilizados. Recomenda-se a implementação de protocolos mais robustos de autenticação e verificação, bem como a educação contínua do público sobre os riscos associados a golpes digitais.
A Polícia Civil continua trabalhando para desvendar completamente a rede de contatos e a logística tecnológica utilizada pelo grupo, na esperança de prevenir futuros golpes e proteger o público de fraudes semelhantes.
As autoridades também enfatizam a importância de reportar imediatamente qualquer atividade suspeita, ajudando assim a construir um ambiente digital mais seguro para todos.
Entre as vítimas desses golpes, destaca-se o jogador Oscar, ex-integrante da Seleção Brasileira, que realizou transferências financeiras aos golpistas acreditando na veracidade dos pedidos. A investigação revelou que a quadrilha atuava desde 2022, utilizando perfis falsos no WhatsApp com fotos de ex-atletas para solicitar doações destinadas a causas fictícias, como o tratamento de crianças com doenças raras.
Esses casos evidenciam a crescente sofisticação dos golpes virtuais no meio esportivo, especialmente com o uso de tecnologias avançadas para simular identidades e vozes de personalidades conhecidas, visando enganar vítimas e obter vantagens financeiras