Flamengo Causa Polêmica ao não Assinar Manifesto Contra Racismo na Libra

A ausência do Flamengo no manifesto da Libra contra declarações racistas de Alejandro Dominguez gerou críticas de torcedores, jornalistas e entidades. Entenda a polêmica

- atualizado
Antônio Rodrigues
do Campeonato Brasileiro COMPARTILHE
Flamengo Causa Polêmica ao não Assinar Manifesto Contra Racismo na Libra Foto: Instagram

A ausência do Flamengo entre os clubes que assinaram um manifesto contra declarações consideradas racistas do presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, provocou grande repercussão no futebol brasileiro. O documento, elaborado pela Libra (Liga do Futebol Brasileiro), foi uma resposta direta às falas de Dominguez durante a cerimônia de premiação da Recopa Sul-Americana, após a vitória da LDU sobre o Fluminense.

Durante a solenidade, Dominguez teria feito comentários interpretados como racistas ao se referir a jogadores negros, o que gerou forte indignação em diversos setores da sociedade, principalmente entre jornalistas, torcedores e organizações que atuam na luta contra a discriminação racial no esporte.

Diante da repercussão, a Libra organizou um manifesto com o objetivo de reforçar o compromisso dos clubes brasileiros com a equidade racial e o respeito à diversidade. A ideia era promover uma mensagem de união e intolerância zero com atitudes discriminatórias, especialmente no contexto do futebol sul-americano, onde casos de racismo têm se tornado cada vez mais frequentes, tanto nas arquibancadas quanto nos bastidores.

O documento foi assinado por importantes clubes que compõem a Liga, entre eles Palmeiras, São Paulo, Santos, Red Bull Bragantino, Cruzeiro e Atlético-MG. Essas equipes decidiram se posicionar de maneira clara e pública contra as declarações atribuídas ao presidente da Conmebol, reforçando o papel social que os clubes devem desempenhar diante de temas sensíveis como o racismo.

No entanto, a decisão do Flamengo de não assinar o manifesto gerou polêmica e foi interpretada por muitos como uma omissão preocupante. Até o momento, o clube carioca não apresentou explicações oficiais sobre sua ausência no grupo de signatários, o que alimentou ainda mais as críticas e especulações em torno do caso.

Internamente, fontes ligadas à diretoria do Flamengo afirmam que a decisão pode estar relacionada à estratégia do clube de evitar confrontos institucionais com a Conmebol, entidade que organiza torneios de grande relevância para o time, como a Copa Libertadores e a própria Recopa Sul-Americana. Há quem diga que o clube teme represálias em futuras competições.

Nas redes sociais, torcedores rubro-negros expressaram decepção com a postura do clube. Muitos cobraram uma posição mais firme e alinhada aos valores de igualdade e justiça, destacando que o Flamengo, como uma das maiores torcidas do país e do continente, deveria assumir um papel de protagonismo na luta contra o racismo no futebol.

"É inaceitável que um clube da grandeza do Flamengo se omita diante de um tema tão grave", comentou um torcedor no Twitter. Já outro escreveu: "O Flamengo representa milhões de brasileiros. O silêncio diante do racismo fala alto, e não é isso que queremos ver no nosso clube."

Entidades como o Observatório da Discriminação Racial no Futebol também criticaram publicamente o clube. Em nota, a organização afirmou que "o posicionamento dos clubes de futebol é essencial na construção de uma cultura esportiva mais justa e igualitária", e lamentou a ausência do Flamengo na lista de signatários.

A polêmica reacende o debate sobre o papel social das instituições esportivas no Brasil. Em um cenário onde o futebol é um dos principais elementos de identidade nacional, espera-se que clubes e dirigentes estejam atentos às demandas da sociedade e assumam posições claras diante de episódios que envolvam preconceito e exclusão.

Especialistas em comunicação esportiva também se manifestaram sobre o tema. Para muitos analistas, a postura do Flamengo representa uma oportunidade perdida de demonstrar liderança fora das quatro linhas. “Num momento em que o futebol precisa mostrar maturidade e responsabilidade social, ficar em cima do muro é o pior caminho”, afirmou um colunista esportivo de um grande jornal do país.

O episódio ainda deve render novos desdobramentos nos próximos dias. Enquanto os demais clubes reforçam a importância do manifesto como um passo necessário na luta contra o racismo, o Flamengo segue pressionado por torcedores, jornalistas e entidades a se explicar.

Por ora, o silêncio continua. Mas o debate foi lançado – e promete não se encerrar tão cedo. Afinal, num país onde o racismo estrutural ainda é uma realidade, o futebol, com seu enorme alcance e influência, tem um papel crucial a desempenhar na promoção da igualdade.

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