Salários no Futebol Feminino: Realidade, Comparações e Transformações Globais
Descubra os salários no futebol feminino em diferentes países, como Brasil, EUA e Europa. Entenda as disparidades com o masculino e o crescimento da modalidade.
- atualizadoO futebol feminino tem ganhado cada vez mais visibilidade nos últimos anos, mas a disparidade salarial em relação ao masculino ainda é uma questão marcante. Os salários das jogadoras variam amplamente dependendo do país, da liga, do clube e do destaque da atleta. Vamos explorar os principais cenários.
1. Brasil
No Brasil, as jogadoras enfrentam desafios salariais significativos, com remunerações geralmente inferiores às do futebol masculino.
- Salário médio: Para a maioria das jogadoras de clubes da Série A do Brasileirão Feminino, os valores variam entre R$ 2.000 e R$ 5.000 por mês.
- Jogadoras de destaque: Atletas renomadas, como aquelas que também integram a seleção brasileira, podem alcançar salários entre R$ 15.000 e R$ 50.000 mensais. Um exemplo é Marta, que construiu uma carreira de contratos milionários e hoje atua no Orlando Pride, nos EUA.
- Clubes menores: Algumas jogadoras recebem apenas o salário mínimo (R$ 1.320 em 2024) ou atuam sem vínculo formal, dependendo de ajudas de custo.
2. Estados Unidos (NWSL)
A National Women’s Soccer League (NWSL), considerada uma das ligas mais estruturadas do mundo, apresenta salários mais atrativos.
- Salário mínimo: US$ 36.400 por ano (aproximadamente R$ 185.000 anuais ou R$ 15.400 mensais).
- Salário médio: US$ 54.000 por ano (R$ 274.000 anuais ou R$ 22.800 mensais).
- Estrelas internacionais: Jogadoras como Alex Morgan e Megan Rapinoe podem ultrapassar US$ 300.000 anuais (R$ 1,5 milhão), somando contratos publicitários e patrocínios.
3. Europa
Os clubes europeus de elite lideram os investimentos no futebol feminino, oferecendo os melhores salários globais.
- Média salarial: Em clubes como Barcelona, Chelsea e Lyon, jogadoras recebem entre € 50.000 e € 150.000 anuais (R$ 260.000 a R$ 800.000 por ano).
- Jogadoras de elite: Atletas como Alexia Putellas (Barcelona) e Sam Kerr (Chelsea) podem ultrapassar € 400.000 anuais (mais de R$ 2 milhões).
4. Comparação com o Masculino
Apesar dos avanços, a diferença salarial entre o futebol feminino e masculino continua impressionante:
- Jogadores como Lionel Messi e Cristiano Ronaldo ganham acima de R$ 500 milhões por ano, enquanto a jogadora mais bem paga no futebol feminino recebe entre 1% e 2% desse valor.
Outras Fontes de Renda
Muitas jogadoras complementam suas receitas com:
- Patrocínios pessoais: Marcas esportivas e de cosméticos frequentemente investem em jogadoras de renome.
- Acordos publicitários: Comercializações ligadas à imagem da atleta.
- Premiações: Ganhos por desempenho em competições nacionais e internacionais.
Cenário em Transformação
O futebol feminino está em pleno crescimento. Torneios como a Copa do Mundo Feminina têm gerado maior visibilidade e investimento, incentivando mudanças importantes no esporte. Grandes marcas estão se posicionando a favor da modalidade, e jogadoras e entidades têm lutado por melhores condições salariais e igualdade de tratamento.
Com um cenário de maior profissionalização e apoio, espera-se que os salários no futebol feminino continuem a crescer, reduzindo as disparidades e valorizando ainda mais as atletas que brilham nos gramados ao redor do mundo.