Maiores artilheiros da história da Copa América
Confira a lista dos principais goleadores do torneio sul-americano
- atualizadoA Copa América 2019, disputada no Brasil, começou na última semana e já está dando o que falar. Seja positivamente, pelos bonitos gols e jogadas, ou até negativamente, pelo alto preço dos ingressos e arrecadação em contraste com a pequena quantidade de público nos estádios. Mas uma competição como essa sempre a atenção pelos seus astros. Mais ainda por aqueles que colocam a bola para a rede. Messi, Suárez, Cavani, Firmino, Guerrero, Alexis Sánchez, Rondón… quem será o artilheiro da Copa América?
Por conta desse entusiasmo de receber grandes craques no Brasil e sobretudo artilheiros, listamos os maiores artilheiros da história da Copa América. São vários atletas que já passaram de 10 gols e chegaram a marca de 11, 12, 13, 14… até 17 gols, no caso de Méndez e Zizinho, na história (rica) do torneio. Quer saber quem são esses ícones? Confira a lista!
Maiores artilheiros da história da Copa América
1°) Norberto Méndez (Argentina) e Zizinho (Brasil) - 17 gols
Pelé, Maradona, Zico. Todos esses jogadores já atuaram em Copa América, mas nenhum deles fez mais gols do que o argentino Norberto Méndez e o brasileiro Zizinho. Os dois são, juntos (e shallow now 🤣) os maiores artilheiros da história da competição, com 17 gols cada.
Em uma época em que o torneio sul-americano não era disputado de quatro em quatro anos, como atualmente, o meia pela direita Méndez jogou as edições de 1945, 1946, 1947 com a camisa da Argentina. Nesse período, foram 17 gols em 17 jogos - o argentino possui uma média incrível de 1 gol por partida.
E se Norberto fez sucesso na Copa América, não podemos dizer algo diferente de Zizinho. Inclusive, o nome do mascote da atual edição é em homenagem ao brasileiro - a capivara símbolo dos jogos se chama Zizito. O meia atacante, com passagens no Flamengo e no São Paulo, precisou de 6 anos de competições, entre 1942 e 1957, para marcar os seus 17 gols em 33 jogos disputados. Isso o faz ter uma média inferior a de Méndez - 0,52 tento por jogo. Zizinho era uma das estrelas do Brasil na Copa de 50, marcada pelo Maracanazo, a derrota na final para o Uruguai, no Rio de Janeiro.
2°) Severino Varela (Uruguai) e Teodoro Fernández (Peru) - 15 gols
Mais dois velhos de guerra entram para a lista na 2ª colocação. Tanto Severino Varela, do Uruguai, quanto Teodoro Fernández, do Peru, marcaram 15 tentos em Copas América.
Varela foi um uruguaio conhecido por ser goleador nato, um Luís Suárez de sua geração. Tanto que foi ídolo de dois dos maiores clubes de futebol no mundo: Peñarol e Boca Júniors. O atacante, assim como Méndez, tem média de 1 gol por partida disputada em Copa América, já que anotou 15, em 15 jogos no torneio. O boina fantasma, como era conhecido, disputou as edições de 1937, 1939 e 1942.
Empatado com Varela está Teodoro Fernández, o maior goleador da história do Peru na disputa sul-americana. Sendo atacante que atuou toda a carreira no Universitária, time do seu país, o peruano deixou a sua marca em seis Copas América distintas. Toda essa façanha dos 15 gols foi alcançada em 24 duelos.
3°) Gabriel Batistuta (Argentina), José Manuel Moreno (Argentina), Héctor Scarone (Uruguai), Ademir de Menezes (Brasil) e Jair (Brasil) - 13 gols
Em 3º lugar, são cinco atletas com 13 gols. E olha que Zagallo não está na lista, hein. Os argentinos Batistuta e José Manuel Moreno, os brasileiros Ademir de Menezes e Jair, além do Héctor Scarone são os jogadores que foram treze vezes às redes na Copa América.
Se contássemos atletas que jogaram a competição da década de 60 para cá, ninguém superaria Gabriel Batistuta. Hoje com 50 anos, o Batigol entrou em campo pela disputa sul-americana em três edições - 1991, 1993 e 1995. O ex-centroavante de Fiorentina, River Plate e Boca Júniors tem uma média de 0,81 gol por jogo no torneio continental.
Tal média vale também para o seu compatriota José Manuel Moreno, que anotou os mesmos 13 gols na mesma quantidade de jogos na Copa América, 16 confrontos no total. Só que Moreno veio bem antes de Bati. El Charro deu glórias aos argentinos em 1941, no ano seguinte e em 1947.
Contemporâneo de Moreno, o brasileiro Ademir de Menezes, ídolo incontestável no Vasco Gama, deixou o número mágico de Zagallo em gols entre 1945 e 1953. Seja jogando como ponta de lança ou centroavante, Ademir sempre deixava sua marca. O mesmo pode se dizer do compatriota Jair, outro com passagem pelo Vasco, mas com mais rodagem em Palmeiras e Santos. Jajá, em relação a Ademir, só não jogou a Copa de 53.
O quinto da lista é uruguaio. Trata-se de Héctor Scarone, que entrou em campo pela celeste na segunda edição de Copa América, em 1917, além de outras seis oportunidades. O ex-meia direita do Nacional é até os dias de hoje um dos nomes mais lembrados quando se trata de uma lista dos maiores da história do futebol uruguaio. Ganhou oito vezes o Campeonato Uruguaio pelo Nacional, além de uma Copa do Mundo (1930, a primeira) e dois ouros olímpicos com a inesquecível Celeste Olímpica (1924 e 1928).
4°) Roberto Porta (Uruguai), Ángel Romano (Uruguai), Eduardo Vargas (Chile) e Paolo Guerrero (Peru) - 12 gols
Angél Romano e Roberto Porta marcaram, em épocas distintas, 12 gols cada com o Uruguai no torneio sul-americano. Além deles, o atacante Eduardo Vargas chegou a mesma marca e é atualmente o jogador em atividade com mais gols na competição. Chegou à marca pelos dois feitos na vitória sobre o Japão por 4 a 0, em 2019, no Brasil.
Se Romano precisou de jogar oito Copas num intervalo de 10 anos para conseguir tal feito, entre 1916 e 1926, Porta só bateu na porta (risos) do torneio em quatro oportunidades, 1939, 1941, 1942 e 1945. Por isso, Romano possui média de gols inferior ao compatriota - 0,52 por jogo contra os 0,6 de Roberto Porta.
Já Eduardo Vargas parece sempre estar em um relacionamento sério com a Seleção do Chile. Foi com ele que os chilenos chegaram aos primeiros títulos em Copa América, em 2015 e 2016 (essa última na edição centenária, disputada nos Estados Unidos). Vargas, atacante ex-Grêmio e que nunca parece dar certo em clubes, deixou sua marca tanto nas duas vezes em que o Chile se sagrou campeão, quanto no Brasil em 2019, ainda em andamento.
O peruano Paolo Guerrero chegou na edição do Brasil em 2019 como maior artilheiro atual do campeonato. Guerrero está com 35 anos e é considerado o maior ídolo da história do futebol no Peru. Mas também pudera. Disputando a Copa América desde 2007, na Venezuela, o centroavante peruano deixou 12 gols em 21 vezes que entrou em campo pela competição.
5°) Hermínio Masantonio (Argentina), Didi (Brasil) e Víctor Ugarte (Bolívia) - 11 gols
Masantonio, Didi e Ugarte fecham o Top 5. Todos esses jogadores marcaram 11 gols na competição mais importante para seleções sul-americanas.
De todos da nossa lista, o argentino Hermínio Masantonio é quem possui a melhor média de gols. Isso porque precisou de somente oito jogos, em duas edições (1935 e 1942), para deixar os seus 11 tentos. Esse feito o deixa com média impressionante de 1,38 gol por jogo.
O brasileiro Didi precisou de bem mais. Foram 17 jogos entre 1953 e 1959 para poder alcançar o argentino Masantonio. Mas Didi, o príncipe etíope, tem algo que o argentino jamais teve ou terá: duas Copas do Mundo conquistadas pelo Brasil, em 1958 e 1962. O cara tinha “só” a companhia de um tal de Pelé e outro fulano, que até a perna torta tinha, um tal de Garrincha. Mas brincadeiras a parte, Didi teve mais sucesso que esses dois supracitados quando o assunto é Copa América.
Único boliviano na lista, Victor Ugarte é outro da lista de tempos longínquos, quando a Copa era disputada quase que anualmente. Em 30 jogos, pelas edições de 1947, 1949, 1953, 1959 e 1963, o atacante foi às redes em 11 oportunidades. Ugarte é considerado o maior jogador boliviano de todos os tempos, ao lado de Etcheverry, por ter conquistado o único título da história da Seleção da Bolívia: a Copa América de 1963. É mole? Tem ou não tem história?
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Da lista, o chileno Vargas e o peruano Guerrero estão participando da Copa América 2019 no Brasil. Inclusive os dois já fizeram gols! Então a pergunta é; quem será o artilheiro desse edição do torneio? Vote e compartilhe!
Por Matheus Alves