Guardiola Critica Rotatividade de Técnicos no Brasil e Aponta Falhas na Gestão
Pep Guardiola criticou a alta rotatividade de técnicos no Brasileirão e destacou a falta de planejamento dos clubes. Entenda as declarações do treinador do Manchester City.
- atualizado
Foto: Shaun Botterill/Getty Images
Guardiola Critica a Alta Rotatividade de Técnicos no Futebol Brasileiro e Aponta Falhas na Gestão dos Clubes
Técnico do Manchester City destaca a importância da continuidade no comando das equipes
O técnico do Manchester City, Pep Guardiola, expressou recentemente sua preocupação com a alta rotatividade de treinadores no futebol brasileiro. A constante troca de comando nos clubes da Série A do Brasileirão tem sido motivo de debate, e o espanhol não hesitou em expor sua visão sobre o tema.
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Em 2024, 20 técnicos foram demitidos durante a Série A do Campeonato Brasileiro, o que evidencia a falta de estabilidade no cargo de treinador.
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Muitos clubes chegam a trocar de técnico três ou quatro vezes na mesma temporada, comprometendo o planejamento e a identidade tática das equipes.
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Essa tendência reflete um cenário no qual a pressão por resultados imediatos se sobrepõe ao trabalho a longo prazo.
Em entrevista à TNT Sports, Guardiola fez críticas diretas à forma como os clubes brasileiros gerenciam seus treinadores:
"Se um time passa por três ou quatro técnicos em uma temporada, o problema não está nos treinadores, mas sim em quem os escolheu. Nesses casos, os dirigentes deveriam ser demitidos".
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O técnico espanhol apontou que a falta de critério nas contratações prejudica o desenvolvimento dos clubes.
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Para ele, o processo de escolha de um treinador deve considerar o alinhamento entre suas ideias e a filosofia do clube.
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Guardiola ressaltou que, sem uma visão de longo prazo, as demissões se tornam apenas medidas paliativas e não resolvem os problemas estruturais das equipes.
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Guardiola usou sua própria experiência no Manchester City como exemplo de como a continuidade pode gerar resultados positivos.
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Em seu primeiro ano no clube inglês, ele não conquistou títulos, mas recebeu o respaldo necessário para implementar suas ideias.
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Hoje, o City colhe os frutos desse planejamento, acumulando conquistas nacionais e internacionais.
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Para Guardiola, a paciência dos dirigentes e o respaldo ao trabalho do treinador são fundamentais para a construção de uma equipe vencedora.
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O técnico espanhol defendeu que um clube, ao contratar um novo comandante, deve garantir que suas ideias estejam alinhadas com o elenco e a filosofia da instituição.
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Se a escolha do treinador se mostrar equivocada, a responsabilidade recai sobre quem tomou a decisão, e não apenas sobre o profissional demitido.
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Guardiola acredita que a falta de critério na contratação dos técnicos gera um ciclo vicioso de demissões e impede o desenvolvimento sustentável dos clubes.
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As declarações de Guardiola reacendem um debate importante no Brasil: a necessidade de planejamento e paciência na condução dos projetos esportivos.
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A cultura do resultado imediato muitas vezes impede que os treinadores tenham tempo para desenvolver um trabalho consistente.
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Enquanto isso, os clubes europeus que investem na continuidade e na manutenção de uma identidade tática tendem a obter mais sucesso ao longo dos anos.
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A grande questão que fica é: os dirigentes brasileiros estão dispostos a mudar essa mentalidade e permitir que os treinadores tenham um tempo maior para desenvolver suas ideias?
