Botafogo e Gregore Fecham Renovação com Cláusula de Venda Obrigatória em Caso de Proposta do Exterior
Volante terá que ser negociado se chegar oferta de pelo menos US$ 8 milhões no meio do ano; cláusula pode abrir precedente no futebol brasileiro
- atualizado
O Botafogo deu um passo ousado e inédito no cenário do futebol brasileiro ao renovar o contrato do volante Gregore com uma cláusula que promete agitar o mercado na próxima janela de transferências. A partir de agora, o clube será obrigado a vender o jogador ao exterior caso receba uma proposta superior a 8 milhões de dólares — algo em torno de R$ 39,5 milhões na cotação atual.
A informação foi confirmada por fontes ligadas à diretoria alvinegra e representa uma inovação contratual no Brasil. Essa cláusula, embora comum em clubes europeus, é raramente aplicada no futebol nacional e pode estabelecer um precedente importante para futuras negociações.
Uma cláusula que valoriza e protege
O objetivo da cláusula é duplo. Primeiro, ela valoriza o atleta, que aos 30 anos vive um dos melhores momentos da carreira. Em segundo lugar, serve como mecanismo de proteção financeira para o Botafogo, que vê no valor estipulado uma margem de lucro considerável, já que o jogador foi contratado sem custos elevados.
Importante destacar que a cláusula é válida apenas para propostas vindas do exterior, o que significa que clubes brasileiros não poderão se aproveitar da condição especial para tentar tirar o jogador de General Severiano.
Gregore: de aposta a peça-chave
Gregore chegou ao Botafogo no início de 2024, por empréstimo do Inter Miami, da Major League Soccer (MLS). À época, era visto como uma aposta para reforçar o meio-campo, mas rapidamente conquistou a confiança da comissão técnica, comandada por Tiago Nunes.
Com atuações consistentes, desarmes precisos e presença constante na construção de jogadas, o volante se tornou uma peça indispensável no time titular. Seu desempenho chamou atenção não apenas da torcida alvinegra, mas também de olheiros internacionais.
Interesse estrangeiro já bate à porta
Com a abertura da janela internacional prevista para julho, o nome de Gregore já circula nos bastidores de clubes da MLS, do mundo árabe e do leste europeu. A cláusula de venda obrigatória pode facilitar as tratativas, pois estabelece um valor fixo, o que costuma acelerar negociações.
Fontes ligadas ao jogador afirmam que representantes de pelo menos dois clubes da Arábia Saudita já sondaram a situação do atleta, interessados em contar com seu futebol na próxima temporada. Clubes do Leste Europeu, especialmente da Rússia e Ucrânia, também acompanham de perto o volante.
Precedente no futebol nacional
A adoção desse tipo de cláusula em contratos de jogadores mais experientes pode abrir um novo caminho para negociações no Brasil. Jogadores com mais de 28 anos, que ainda sonham com uma chance fora do país, poderiam se beneficiar desse modelo que lhes dá maior visibilidade e segurança.
Por outro lado, clubes brasileiros veem com bons olhos a possibilidade de incluir cláusulas que permitam retorno financeiro rápido e garantido, especialmente quando se trata de atletas com potencial de valorização.
Planejamento e reposição
Internamente, o Botafogo já trabalha com a possibilidade de perder Gregore no meio do ano. A comissão técnica entende que, caso a cláusula seja acionada, o clube terá recursos financeiros suficientes para buscar reposições à altura, mantendo o padrão competitivo da equipe.
Além disso, o planejamento esportivo considera a chegada de jovens promessas para o meio-campo, além da possibilidade de contratação de nomes experientes, caso seja necessário preencher a lacuna deixada por Gregore.
Botafogo mira o futuro com inovação
A renovação de Gregore com cláusula de venda obrigatória é apenas mais um passo na nova mentalidade de gestão do Botafogo, que busca unir desempenho esportivo a responsabilidade financeira. A administração atual entende que o sucesso em campo precisa caminhar lado a lado com decisões inteligentes fora das quatro linhas.
Essa estratégia faz parte de um pacote maior de medidas adotadas desde a SAF (Sociedade Anônima do Futebol), liderada por John Textor. O clube agora se mostra mais ágil, moderno e atento aos movimentos do mercado internacional.
Se a cláusula será ou não ativada, só o tempo dirá. Mas o Botafogo já colhe os frutos de uma negociação que, acima de tudo, valoriza o jogador, protege o clube e moderniza o futebol brasileiro. Gregore, por sua vez, tem nas mãos a oportunidade de alçar voos internacionais em breve — e o clube, a certeza de que a operação representará mais um acerto dentro e fora de campo.
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